Cantora e compositora, musa da esquerda americana nos anos 60, por suas canções de protesto e engajamento social. Baez nasceu em Nova York, em 9 de janeiro de 1941, Pacifista, criou, em 1965, o Instituto para o Estudo da Não-Violência e tornou-se símbolo da juventude americana politizada ao recusar-se a pagar impostos em protesto contra a guerra do Vietnã.
Foi companheira durante muitos anos de um dos maiores compositores contemporaneos da história da música mundial.Ninguém menos que Bob Dylan.No Brasil a cantora é conhecida de poucos e mesmo essas lembranças ficam na histórica gravação que fez da canção: “Blowin' In The Wind “ clássico de seu ex companheiro Dylan.Recentemente chegou-me a indicação carregada de amor de um LP gravado por Joan Baez em 1974, intitulado: “Gracias a la Vida”, e movido pelo sentimento maior do amor que sopra aos ouvidos suas predileções, corri atrás deste trabalho de Joan Baez para ouvi-lo.
O album “Gracias a La vida” de 1974 é simplesmente fantástico e atemporal, ele marca o desejo da união das américas e dos povos. Joan Baez num espanhol perfeito, pauta o album em canções que se tornaram clássicos da luta pela democracia e pela não violência na América Latina e no mundo.
O disco é aberto pela canção: “Gracias a la Vida” de Violeta Parra, essa compositora Chilena que sucumbiu as dores de amor, deixando legado único a humanidade, em seguida vem a canção: “La Llorona” - ... Desde el fondo de la tierra / Fantasmas humanos se buscan / Algunos olvidan frio / Otros nunca se encuentran / Hacen temblar la tierra / Tiemblan sueños, tiembla amor .... O álbum traz também a canção: “Cucurrucucu Paloma” que no Brasil ganhou no final dos anos 90, excelente interpretação de Caetano Veloso, registrado no seu CD - “Fina Estampa”.Ainda encontramos o clássico dos movimentos populares dos anos 60 intitulado “No Nos Moveran” - ... Firmes estaremos / No nos moveran! /Firmes estaremos / No nos moveran!/ Nuestro ideal es faro de Victoria / No nos moveran! Ao ouvir o registro desta canção podemos ainda sentir o pulsar dos ideais revolucionários dos anos 60/70.
Entre todas as canções talvez a mais popular por todo o mundo, seja, “Guantanamera”, clássico do cancioneiro popular-revolucinário latino-americano, criado por José Marti um ideólogo latino americano venerado em CUBA e em muitos países latino-americanos. pois propunha a organização do povo latino-americano para o rompimento com o colonialismo europeu, e isso lá no século XIX.Gracias a vida que tem sido sempre generosa comigo, permitindo que o amor chegasse de mansinho, trazendo a voz e o trabalho de Joan Baez de 1974, trabalho que é: tão atual, tão necessário , tão latino-americano e sobretudo, tão brasileiro.
Revisão Afetiva: André Menezes
