sexta-feira, 22 de abril de 2011

ADRIANA CALCANHORO VIVE A SORRIR.





... Veja que desde pequeno trazia no sangue o micróbio do samba, esse microbio que cresceu comigo e não quer me abandonar, quanto mais velho fico mais ele se apega a mim”. Lupicínio Rodrigues

Este depoimento de Lupicínio Rodrigues é encontrado na contra capa do encarte que acompanha o CD de Adriana Calcanhoto lançado pela Sony Music que se chama “O micróbio do samba”, Adriana revela que assina e a partir dai nos presenteia com um belissimo trabalho, que indubitavelmente ganhará ainda mais força e beleza quando chegar aos palcos do Brasil e do mundo.

Adriana Calcanhoro sempre foi uma das minhas cantoras e compositoras prediletas, chegando com força nos anos 90 e instalou se para sempre no cenário de nossa música popular, se eu tivesse que montar um cd com a trilha sonora de minha vida na década de 90 certamente mais de 70 porcento desta trilha seria formada por canções compostas e ou cantadas por Adriana Calcanhoto.

Esta cantora é uma daquelas que tive a alegria de acompanhar desde o primeiro trabalho, que ainda fora lançado em no formato do vinil (LP), adorava seu jeitinho meio timido no banquinho, a cantar naquele inicio de carreira, e foi assim que ela foi conquistando definitivamente lugar cativo em meu coração.

Este é o trabalho da Adriana Calcanhoto cantora segura, mulher feita, que costuma tocar nossos corações e fazer nossos quadris se movimentar por algumas decadas, porque existe também a Adriana moleca e Partimpim que fui asssitir novamente ano passado embevecido pelo número “2”, que a trouxe de volta para mim e meu menino. O Gustavo hoje com 12 anos cresceu ouvindo e vendo a Partimpim sem parar.

O novo CD “O microbio do samba” é incrivel. E logo na primeira canção já somos arrebatados por esta linda gauchinha que é dona do Brasil, diz assim : ... eu vivo a sorrir eu vivo a sorrir / pro caso de voce virar a esquina / e adentrar a livraria / pro caso do acaso estar num bom dia / pro caso do destino me haver reservado a alegria ... e é assim que o micróbio que invadiu Adriana Calcanhoto vai tomando conta de cada pedacinho da gente, da maneira mais linda.



Paulo Gonçalo dos Santos
Historiador / Pesquisador de MPB
paulogoncalo@uol.com.br

domingo, 17 de abril de 2011

ANA BELÉN CANTORA QUE CHEGA E TOMA TODA MINHA MORADA.

















O mundo virtual me fascina desde os idos dos anos 90. É foi através de uma amizade virtual de alguns anos que me chega as mãos direto da Espanha os CDs e DVDs da cantora Ana Belén intitulado: “Los grande éxitos ... y mas” lançado pela Sony&BMG .

Esta cantora me fascina desde os anos 80, quando ouvi falar pela primeira vez sobre seu canto, exatamente quando gravará um LP repleto de canções brasileiras muitas de Chico Buarque de Holanda, a voz e a beleza desta cantora me fascinam desde então.

“Los grande éxitos ... y mas”, possibilita aos admiradores de Ana Belén através do DVD que está incluso no box ver imagens raras de apresentações na TV espanhola RTVE desde aos anos 60, e não poderia ser melhor, ver e ouvir Ana Belém desde os anos 60 é realmente um privilégio sobretudo de quem tem amigos queridos vivendo na Espanha.

Entre tantas canções maravilhosas, podemos destacar Ana Belén cantando “Que será” de Chico Buarque, numa versão absolutamente POP ANOS 80 retirada de uma apresentação na TV espanhola, não tem como não se mecher ao ouvir e ver a interpretação de Ana Belém.

Podemos verificar também todo o encantamento que Ana exerce sobre seu publico quando interpreta magnificamente a canção “La história de Lily Braun” aquela que Gal Costa tinha imortalizado e que a novata Maria Gadú deveria ter ouvido e visto Ana Belém cantar antes de regravar.

Existem outras canções do Brasil no DVD e nos dois CDs que estão em “Los grandes éxitos ... y mas”, também encontramos uma deliciosa participação de Miguel Bosé aparesentando se com Ana numa interpretação incrivel da canção “Tómbola” que tem um encantador ritmo caribenho.

É de fato uma pena tal cantora ser tão pouco conhecida entre nós brasileiros, o que torna o fato de ter um amigo tão querido na Espanha ainda mais especial, pois foi através desta amizade que pude deixar minha morada se encher da voz, do canto e da beleza de Ana Belén.





Paulo Gonçalo dos Santos
Historiador / Pesquisador de MPB
paulogoncalo@uol.com.br

Andre Menezes
Correção Afetiva

domingo, 10 de abril de 2011

WALDIK SORIANO INTERPRETA MÚSICAS DO REI




Salve! Salve! O selo Discoberta, do pesqusiador Marcelo Froes, faz chegar às mãos dos amantes da música popular brasileria o LP - agora transformado em CD - Waldick Soriano Interpreta Roberto Carlos, gravado originalmente em 1984.

Voltei a prestar atenção neste cantor quando assisti comovido a um documentário sobre sua vida dirigido pela atriz Patricia Pillar. Naqueles instantes, diante da telinha, relembrei sons, imagens, gestos e cores de um periodo de minha infancia onde uma vizinha que temos até hoje ouvia todo domingo as canções de Waldick. Ele faz parte de minha memoria afetiva musical.

As coisas são engraçadas, e a gente cresce, vai “apurando” o ouvido musical e cada vez mais tornamo-nos eletistas e seguimos vida afora excluindo sons e imagens que significaram muito em nossa formação.

Waldik Soriano tornou-se “apenas” engraçado pra mim desde que ouvia sem parar através da vizinha a canção “Eu não sou cachorro não”. Achava aquilo muito engraçado e brega, afinal, viviam em mim as canções de Chico Buarque, Caetano Veloso, Gilberto Gil entre tantos outros considerados de primeira grandeza na MPB.

Ouvindo a voz firme de Waldick nas canções que um dia o Rei fez para todos os que cantam o amor com cores fortes, é impossivel não se emocionar, talvez essa seja uma das grandes homenagens feitas aos Rei nestes ultimos 40 anos de história da música brasileira, diria mesmo que a interpretação da canção a “À Distancia” para mim, é uma das melhores que já ouvi.

Estão neste CD várias das mais popualres canções do Rei e é fundamental ter este CD entre tantos outros que são indispensáveis aos amantes da boa musica brasileira. Ser popular, ser povo de maneira nenhuma significa estar afastado da qualidade e da beleza, e a prova disto é este “Waldick Soriano Interpreta Roberto Carlos”. Salve o selo Discobertas, e que venham outros CDs para ajudar nos a refrescar nossa memória afetivo musical.




Paulo Gonçalo dos Santos
Historiador / Pesquisador de MPB
paulogoncalo@uol.com.br
Andre L. M. Menezes
Revisão Afetiva