terça-feira, 29 de novembro de 2011

QUINTA-FEIRA, 1 DE DEZEMBRO DE 2011.







O laço vermelho é visto como símbolo de solidariedade e de comprometimento na luta contra a aids. O projeto do laço foi criado, em 1991, pela Visual Aids, grupo de profissionais de arte, de New York, que queriam homenagear amigos e colegas que haviam morrido ou estavam morrendo de aids. O laço vermelho foi escolhido por causa de sua ligação ao sangue e à idéia de paixão, afirma Frank Moore, do grupo Visual Aids, e foi inspirado no laço amarelo que honrava os soldados americanos na Guerra do Golfo.

Além da versão oficial, existem quatro versões sobre sua origem. Uma delas diz que os ativistas americanos passaram a usar o laço com o “V” de Vitória invertido, na esperança de que um dia, com o surgimento da cura, ele poderia voltar para a posição correta. O Dia Mundial de Luta Contra a Aids, 1º de dezembro, foi instituído em 1988 pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como uma data simbólica de conscientização para todos os povos sobre a pandemia de Aids.

Fonte: Aids.gov.br

domingo, 13 de novembro de 2011

ALCIONE – DUAS FACES EM SESSÕES DE PURA MAGIA.






Conheci Alcione através de meu pai, nos anos 70, ele que é fã incondicional das vozes de: Angela Maria, Elizeth Cardoso, Dalva de Oliveira, Nora Ney, Isaurinha Garcia entre outras tinha duas novas cantoras como suas prediletas: Alcione e Clara Nunes.

O primeiro LP que chegou aqui em casa, carregando um enorme sorriso e uma alegria que nunca vou esquecer, de meu pai, é aquele em que ela canta com toda sua exuberância vocal a canção que diz assim: ... Vê, por aquela janela Entre a sola e o salto do sapato alto dela Vê, por ali pelo vão Entre a sola, o salto do sapato alto dela e o chão ...

A canção que então Gilberto Gil fizera para Alcione me fazia imaginar literalmente a cena que era desvelada aos meus ouvidos pela voz de Alcione, desde então não ouve um LP, CD ou DVD que Alcione tenha lançado que não esteja aqui em nossa casa.

O CD e DVD lançado recentemente pela gravadora Marrom Musica em parceria com a gravadora Biscoito Fino, comemora os 40 anos de carreira cantora e se chama “Duas Faces – Jam Sessions”, na verdade estes produtos são apenas a metade do projeto que comemora essas quatro décadas de Alcione na MPB, a outra parte chegara logo e se chamara “Duas face – na Mangueira”.

Este “Duas Faces – Jam Sessions” reúne na bela casa de Alcione no Rio de Janeiro, alguns de seus amigos, que com ela dividem um repertório nunca antes gravado pela cantora, estão presentes, Áurea Martins, Maria Bethânia, Emilio Santiago, Martinho da Vila, Lenine e Djavan.

Para mim que sempre sonhei ouvir a voz de Alcione voando por ai, fora do universo do samba, trata-se de um presente daqueles que nunca sonhamos receber, afinal estão lá canções como a comovente “Comme ils disent” de Charles Aznavour interpretada com tamanha força que chega a comover.

Assim como é um deleite para deuses ouvi-la dividir os vocais com Áurea Martins (a mais emblemática das cantoras brasileiras em minha opinião) a obra prima de Dolores Duran: “Pela Rua”, e ainda é possível se deliciar com a homenagem a Angela Maria prestada ao interpretar “Rua sem sol”.

A alegria é contagiante quando Lenine e Martinho da Vila entram em cena, ou melhor na sala de Alcione, para derramar simpatia e alegrias vocais com as canções: “Evolução” e “Ilha de Maré”, nem parece que faz 40 anos que esta maranhense nos toca com sua musica e vive em nossas casas em lugar que só ocupa aqueles que nos fazem bem ao coração!.

Que a outra face gravada na Mangueira chegue logo !


Paulo Gonçalo dos Santos
Historiador / Pesquisador de MPB
paulogoncalo@uol.com.br

terça-feira, 1 de novembro de 2011

"MÚSICA DE BRINQUEDO AO VIVO" GRANDE DVD!







A cada dia que passa, penso que uma das saídas para a decadência do ensino publico no Brasil, é uma mega injeção de cultura nos ambientes escolares. Precisamos de muitos CDs, DVDs, livros de todas as cores e de todos os sons e formas, só assim vamos sair dessa situação, falo isso porque desde que chegou por aqui o DVD do grupo mineiro Pato Fu – “Música de brinquedo ao vivo”, com participação dos bonecos do grupo giramundo, não faço outra coisa se não imaginar como utilizá-lo com a criançada lá nas escolas onde trabalho.

Desde que Adriana Calcanhoto vestiu o personagem Partimpim nada na MPB havia me empolgado tanto no sentido de pensar novas praticas educativas com os meninos e meninas que freqüentam o ensino publico pelo Brasil afora, “Música de brinquedo ao vivo” chega recheado destas possibilidades lúdicas.

Já havia escrito sobre o CD que antecedeu este DVD e agora vendo no palco músicos incríveis tocando maravilhosamente bem, canções entronizadas em nossos corações, com brinquedos musicais que podemos encontrar em qualquer parte de nosso bairro e ou cidade, penso o quão é simples o ato de recriar e criar a beleza dos sons!

Certamente qualquer criança irá se envolver com as imagens do show, pois além de ser singelo é carregado de uma simplicidade que chega a comover. Permite nos imaginar que qualquer um pode extrair sons e fazer música com um simples apito ou um pequeno chaveirinho de bolso.

A seleção das canções lindamente interpretadas por Fernanda Takai vocalista do grupo, vão de clássicos de Elvis Presley a sucessos imbatíveis do próprio grupo Pato Fu, a mais bela canção de John Ulhoa intitulada: “Simplicidade” está no miolo do show e diz assim: ... vai diminuindo a cidade / vai aumentando a simpatia / quanto menor a casinha / mais sincero o bom dia ... genial...

A participação no show dos bonecos do grupo giramundo é um espetáculo a parte e nos torna a todos “crianças apaixonadas pela música”. Tamanha doçura deveria ser entregue em todas as escolas do Brasil, assim como o show deveria ser apresentado pelas Secretarias de Educação para todos os educadores que carregam música dentro de si.




Paulo Gonçalo dos Santos
Historiador / Pesquisador de MPB
paulogoncalo@uol.com.br

(RE) DESCOBRINDO RUBENS LISBOA E SUAS TANTAS VOZES. (Para Marcelo Barboza com todo meu carinho e gratidão)






Sou um cidadão paulistano apaixonado pelo Rio de Janeiro, e é de lá que chegou em forma de presente uma caixinha de CDs do cantor e compositor Rubens Correa, contendo três incríveis CDs, que a gravadora “Discobertas” acaba de lançar.

Preciso dizer que desde então minha casa está impregnada das composições deste sergipano de Aracaju, elas foram tomando todos os cômodos da casa e ganhando forma dentro de mim através das lindas vozes que interpretam as encantadoras canções de Rubens Lisboa.

A caixa intitulada sabiamente “Por tantas vozes” está recheada de interpretações que tocam com delicadeza a obra do compositor e as transformam em cantos diversos que mostram o quanto a obra deste “artista popular” é repleta de sabedorias.

Leila Pinheiro ícone da canção brasileira abre o primeiro CD soltando a voz na delicada canção: “Ciranda do Amor” que diz assim: ... Um dia, um cirandeiro me indagou / o que seria de verdade o tal do amor/ Me disse que faltava compreensão / Pra entender as coisas vãs do coração...

Já a cultuada cantora, Ithamara Koorax, venerada no exterior como uma das Divas do Jazz contemporâneo, empresta toda sua qualidade vocal para interpretar a belíssima canção: “Cada” que atrás desta voz chega aos nossos ouvidos ... cada ouvido ouve o que quer / cada boca fala o que bem quiser/ cada sentido remete ao desejo / cada verdade se esvai com um beijo...

Cito apenas duas vozes que dão vida e cor as composições deste que certamente já inscreveu seu nome no panteão dos grandes e imortais compositores de nossa música popular brasileira, mas também estão presentes na caixa: “Por tantas vozes” desempenhando lindamente o oficio de cantar: Ana Costa, Vânia Bastos, Eliana Printes, Amelinha, Silvia Machete, Na Ozzetti, Carlos Navas. Zé Renato, Cida Moreira, Tetê Espindola, Chico César, Selma Reis, Márcia Castro, Verônica Ferriani, Zéu Brito e Fred Martins, certamente esqueci alguns, mas todos brilham e fazem brilhar o fazedor de canções Rubens Lisboa.

E é com a bela canção “Drummondiana” que vou terminando estes escritos, tendo o coração repleto de música e alegria. Marcelo, querido amigo, minha eterna gratidão, obrigado! E é ouvindo a interpretação da bela cantora paulistana, Fábia Cozza, a esta canção que encerro feliz estes escritos: ... tinha uma pedra no meio meu caminho / tinha uma pedra no meio do meu caminho / eu poderia voltar atrás / ou escolher outras mil estradas/ mas resolvi chutas a pedra e seguir sozinho ...




Paulo Gonçalo dos Santos
Historiador / Pesquisador de MPB
paulogoncalo@uol.com.br