sábado, 26 de junho de 2010

O SEGREDO MAIS SINCERO DE LEILA PINHEIRO

A primeira vez que vi e ouvi Leila Pinheiro foi durante um Festival de Musica Brasileira da Rede Globo de Televisão, e se não me falha a memória estávamos na década 80. Uma jovem linda que entoava uma canção chamada “Verde” e ecoava em meus ouvidos como algo novo entre as grandes DIVAS de nosso cancioneiro.

Leila não trazia sotaque nenhum em sua límpida voz, e a ausência tão sentida pela morte de Elis Regina parecia que ia sendo preenchida pelo frescor da cantora que chega através de forma independente ao vinil mostrando coragem e força até então únicas.

Passado esse período nada mais ouvi falar sobre Leila Pinheiro, até que um dia em minhas incursões pela sessão de LPs da já extinta Lojas Mesbla, no centro velho da cidade de São Paulo, me deparo com um belo LP de capa impecável chamado “Olho Nu” de 1986.

Neste LP estava a belíssima canção de Frejat e Cazuza intitulada “Todo Amor que Houver nesta Vida” que me fez passar a acompanhar Leila por todos seus trabalhos. Foi aí que ela virou uma de minhas DIVAS mais apaixonadas.

Já em 1988 com o LP “Alma” e a gravação de “Tempo Perdido”, de Renato Russo, Leila torna-se para mim a estrela maior de uma MPB que tem voz feminina e uma coragem única no universo musical do mundo.

Passados mais de duas décadas, me deparo com o a obra prima que acaba de sair pela gravadora Biscoito Fino, um CD de capa absurdamente nostálgica e extremamente feliz, que trás uma foto dos anos 80 de Leila Pinheiro e Renato Russo juntos. Um CD onde Leila Pinheiro só canta canções de Renato e da banda legião urbana.

Mais uma vez Leila Pinheiro mostra-se corajosa e marca sua carreira com uma obra prima que tem o belo titulo: “Meu Segredo mais Sincero”. É preciso ter este CD em casa, no carro, na escola, no MP3, no Ipod, enfim, é básico ouvi-lo.

Minha torcida agora é para que em seguida venha um show cheio de mais surpresas e que possamos ter o registro de um DVD com as imagens de Leila cantando Renato e Legião, o Brasil precisa deste canto, deste show, deste DVD, o Brasil precisa mais que nunca de muitas ‘Leilas’ Pinheiro!

Paulo Gonçalo dos Santos
Historiador / Pesquisador de MPB
paulogoncalo@uol.com.br
Andre L. M. Menezes
Revisão Afetiva

sexta-feira, 18 de junho de 2010

terça-feira, 15 de junho de 2010

"TODOS OS SONS TOCAM A ALMA" também a venda na Livraria Saraiva!

Agora também está a venda na Livraria Saraiva http://www.saraiva.com/ o livro: "Todos os Sons Tocam a Alma", de minha autoria!

domingo, 13 de junho de 2010

TODOS OS SONS TOCAM A ALMA - Já a venda na Livraria Cultura de São Paulo



Já esta a venda na Livraria Cultura o Livro: "Todos os sons tocam a alma".

Endereço Virtual da Livraria:
http://www.livrariacultura.com.br

sábado, 12 de junho de 2010

"TODOS OS SONS TOCAM A ALMA" - ALGUMAS RESENHAS








Dois Sindicatos de Professores da Rede Municipal de Ensino de São Paulo, fizeram comentários sobre o livro: "Todos os Sons tocam a Alma" o que me deixou muito feliz.
Meus sinceros agradecimentos ao SINPEEM e a APROFEM.

domingo, 6 de junho de 2010

GILBERTO GIL E SUA FESTA CHEIA DE FÉ.


Entre todos os monstros sagrados da composição brasileira do século XX, Gilberto Gil sempre foi o que mais tocou minha alma, por tudo que sempre representou para nossa cultura e pela forma carinhosa e paternal com que sempre se referiu a tudo e todos no cenário cultural brasileiro. Homem brilhante de inteligência única sempre conseguiu fazer musica dançante sem se afastar das raízes de um pais múltiplo culturalmente como é o nosso grande Brasil.

Pois é este Gilberto Gil que passou anos a frente do Ministério da Cultura em Brasília, chega as vésperas das Festas Juninas com um CD estupendo, só comparável a grandiosa obra de Luiz Gonzaga que se dedicou as canções para este período festivo do ano. Gilberto Gil lançou no inicio de junho de 2010 o CD “Fé na Festa” onde apresenta ao grande publico brasileiro 13 canções, na sua maioria, compostas por ele e parceiros diversos que são direcionadas para o universo das festas juninas que cada vez mais se espalham pelo interior do Brasil.

A sonoridade do CD é absolutamente contagiante e a maioria das letras são fáceis de gravar e agradavelmente decoráveis, trata-se de uma festança completa, como a muito não se via na MPB. Encontramos parcerias de Gilberto Gil com Vanessa da Mata em “Lá vem ela” que diz assim “...

Quando ela aponta na ponta da esquina / fico cor de Deus, a cor sem cor / Nessas horas todos coram e a menina / nessas horas ela é de maior ...” Estão lá parcerias com Nando Cordel em “São João Carioca” que é impossível ouvir sem se sacolejar, e uma perola do cancioneiro de Luiz Gonzaga feita em parceria com Zé Dantas intitulada: “Dança da Moda”.

É claro que o rei o baião não poderia faltar neste que é de longe o melhor trabalho de Gilberto Gil nos últimos anos. Todas as outras canções são da safra de inéditas de Gilberto Gil, e faz nos agradecer por sermos brasileiros, por termos Festas Juninas e por estarmos vivendo na mesma época em que Gilberto Gil vive.

Paulo Gonçalo dos Santos
Historiador / Pesquisador de MPB
paulogoncalo@uol.com.br

Andre L. M. Menezes
Revisão Afetiva

NOEL ROSA AOS PÉS DE MARTINHO DA VILA.



No centenário de nascimento do maior compositor carioca, Noel Rosa, eis que o Poeta da Vila faz a maior e mais bela homenagem que poderia ser feita: um CD de qualidade inigualável, e como anuncia a gravadora que viabiliza este trabalho de Martinho da Vila, o CD já nasce clássico.

Obviamente as composições de Noel Rosa falam por si só, e são universalmente conhecidas. Sua rápida história de vida também já havia sido cantada em verso e prosa e aqui mesmo já escrevi sobre um filme que foi feito recentemente sobre sua vida e que merece estar em todos os lugares onde a memória nacional é preservada.

Mas tinha que vir mesmo de Vila Isabel o mais belo registro contemporâneo feito sobre a obra de Noel. O Poeta da Vila, Martinho, esmerou-se e cercou-se de cuidados tanto gráficos quanto de produção para a gravação do CD intitulado: “Poeta da Cidade – Martinho Canta Noel” editado pela Gravadora Biscoito Fino.

Martinho cerca-se de vozes femininas, o que nos remete ao período de vida de Noel que vivia cercado de mulheres e de cantoras antológicas como Aracy de Almeida, pois bem! Em duas faixas Martinho da Vila divide os vocais com sua filha “Martinália”, que mais parece uma evocação de uma despudorada Aracy de Almeida do século XXI.

E ainda ouvimos as doces vozes de, Ana Costa, Aline Calixto esta mineira que vem dominando o cenário carioca com suas interpretações soberbas do cancioneiro de nosso Brasil, e ainda temos Analimar, Maira e Patricia Hora filha do grande arranjador e gaitista Rildo Hora. Enfim, o presente mesmo quem recebe são os fãs de Noel Rosa e contemporâneos de Martinho da Vila, na verdade hoje, Martinho do Brasil.

Paulo Gonçalo dos Santos
Historiador / Pesquisador de MPB
paulogoncalo@uol.com.br

Andre L. M. Menezes
Revisão Afetiva


JUNTOS, IVAN LINS, GILSON PERANZETTA E VITOR MARTINS.



*Item de Colecionador*

O ano: 1984; a gravadora: Philips e o compositor e interprete Ivan Lins, comemorando a parceria com Gilson Peranzetta e Vitor Martins, produz um LP que se tornou antológico através do passar dos anos.

Não só por juntar grandes nomes da M.P.B. como: Beth Carvalho, Djavan, Elba Ramalho, Elis Regina (homenagem póstuma), Erasmo Carlos, George Benson, MPB-4, Nana Caymmi, Patti Austin, Paulinho da Viola, Simone, Tim Maria e Verônica Sabino.

A capa do LP (duplo) trazia a reprodução de uma adega onde cada litro de vinho ganhava o nome de um dos convidados compondo assim um belo cenário que remete a apurada qualidade das composições de Ivan Lins que ganharam com facilidade o mundo inteiro.

Algumas interpretações tornam-se curiosas como é o caso de Elba Ramalho que canta com competência “Novo Tempo” hino do período bravo da ditadura militar.

O disco rendeu um especial para Rede Globo de televisão com belos momentos, entre eles o da cantora Simone e Ivan Lins juntos pelas ruas da maravilhosa cidade de Parati cantando a canção: “Bandeira do Divino”.

É de fato um disco que não pode faltar de maneira nenhuma nas estantes de todos os apreciadores da boa música.

Paulo Gonçalo dos Santos
Historiador / Pesquisador de MPB
paulogoncalo@uol.com.br

Andre L. M. Menezes
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