domingo, 26 de setembro de 2010

SOBRE AS FLORES DE VANDRÉ QUE SE FORAM E O GERALDO QUE AQUI FICOU!









Foi com muita ansiedade que ontem contei os minutos apra ver no Canal a cabo Globo News uma entrevista com o cantor e compositor Geraldo Vandré, anunciada como uma entrevista reveladora após 40 anos sem conversar sobre o que realmente aconteceu com ele após sua volta ao pais em 1973 durante a ditadura militar.

Nada disso aconteceu, assisti a cada segundo da entrevista com um constrangimento que doía em minh’alma, como é possível alguém que teve uma capacidade poética única ter tido esta trajetória confusa, tortuosa e dolorosa nos últimos quarenta anos.

No termino da entrevista lagrimas escorriam sobre minha face, talvez porque a primavera tenha chegado, a primeira década do século XXI esteja indo embora, mais uma eleição para presidente vai acontecer e HISTÓRIAS como a de Geraldo Vandré insistem a nos cutucar vez por outra para lembrar nos que precisamos avanças muito ainda.

Apagaram a história desta figura impar da MPB acredito que de alguma forma ele aceitou isso, e todos nos brasileiros que desejamos um país democráticos não reparamos que estávamos deixando para trás muitas flores, na verdade muitas sementes que poderiam ter ajudado ao Brasil a conhecer melhor o Brasil.
http://www.youtube.com/watch?v=PDWuwh6edkY

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

A MÚSICA DE BRINQUEDO DO PATO FU







Fã de Fernanda Takai assumidamente desde que lançou seu CD em homenagem a Nara Leão, me rendo completamente agora ao grupo “Pato Fu” da qual Fernanda Takai é integrante. Eis seu novo trabalho, intitulado “Musica de Brinbquedo” da Rotomusic.

O CD foi totalmente gravado com instrumentos infantis, de brinquedo mesmo o que lhe dá uma caracteristica lúdica única na música popular brasileira, a belza das harmonias produzidas por estes brinquedos sonoros que vivem espalhados pela casa de quem tem crianças a ocupar a vida e os espaços diariamente.

Até pensei no inicio da audição do CD numa possivel comparação com os tabalhos de Adriana Partimpim, mas logo descartei tal comapração pois a sonoridade que John Ulhoa arranca dos instrumentos de brinquedo são únicos no cenário músical brasileiro.

A seleção das canções não poderia ser melhor e a intervenção vocal de dois garotinhos (Nina e Matheus) dão um chamne para lá de especial ao CD que é puro encantamento do começo ao final, resgatando nossa memoria afetivo musical a cada canção.

Estão lá as canções: Primavera (Tim maia), Sonifera Ilha (Titãs), Love me tender (Elvis Presley), Ovelha Negra (Rita Lee), Frevo Mulher (Zé Ramalho), Todos Estão Surdos (Roberto e Erasmo Carlos), Pelo Interfone (Ritchie), Ska (Paralamas do Sucesso) e uma versão para lá de gostosa de “Rock and roll Lullaby” hit absoluto de trilha de novela no inicio dos anos 70 aqui no Brasil.

Este passeio músical que o grupo Pato Fu nos traz é um veradeiro presente, só quem tem ou teve criança na vida cotidiana sabe o quanto o universo músical infantil vai do singelo ao complexo numa velocidade estonteante. Criança é mesmo alegria pura... Sempre.

Para este dia das crianças e todos os proximos que virão um dos presentes que não pode faltar é o CD “Música de Brinquedo”, item que desde seu lançamento tornou-se básico na cestinha das crianças de 8 aos 80 anos que vivem neste lindo país musical chamado Brasil.




Paulo Gonçalo dos Santos
Historiador / Pesquisador de MPB
paulogoncalo@uol.com.br
Andre L. M. Menezes
Revisão Afetiva

JOBIM E SINATRA FINALMENTE COMPLETOS












O ano era 1969, e o trabalho, num disco primoroso que unia Antonio Carlos Jobim e Francis Albert Sinatra, estava pronto para ser lançado. Os LPs já fabricados começavam a ser entregues as distribuidoras, até que repentinamente uma ordem de Sinatra pede para que se arquive o LP.

Aparentemente contra gosto a gravadora obedece as ordens do todo poderosos Sinatra e recolhe os LPs e arquiva o projeto. E dizem que tal desejo se manifestou porque entre uma e outra canção Tom Jobim chama Sinatra de ‘meu amor’.

Em 1969 com a fama de cantor numero hum da América, é provavel que Frank Sinatra não quisesse de maneira nenhuma colocar em risco sua fama de “macho” cosntruida pelos anos afora principalmente com suas atuações nas telonas e nos romances que incluiam até um princesa linda.

Agora, em 2010, a gravadora Universal Music coloca no formato CD a obra “The Complete Reprise Recordings” que traz todoas as gravações daquele LP que outrosa Sinatra pedira que fosse arquivado por sua gravadora de então.

Com total avidez por ouvir corri para trazer o meu CD para casa, e como era de se esperar trata-se de uma obra primorosa, uma onda de tranquilidade nos invade ao ouvir o CD do começo ao fim, alias torna-se impossivel não ouvi-lo inteiro. E repeti-lo!

Estão lá as músicas: ‘Garota de Ipanema’, ‘Wave’, ‘Dindi’, ‘Bonita’, ‘Triste’,’Corcovado’, ‘Meditação’, ‘Água de Beber’ e tantas outras, todas vertidas para o ingles e com participação esfuziante de Tom Jobim, alias ao acabar de ouvir o CD penso que Frank Sinatra não deixou o disco sair por puro medo de uma comparação com o jovem Tom Jobim, que certamente tornar-se-ia um idolo americano.

A cada tempo da ausencia sentida de Tom Jobim, o Brasil reafirma com todas as certezas que o nosso Maestro Soberano, é de fato, um Maestro com vocação para o dominar o Mundo.






Paulo Gonçalo dos Santos
Historiador / Pesquisador de MPB
paulogoncalo@uol.com.br

Andre L. M. Menezes
Revisão Afetiva

TEMPOS BONS NA BOA COMPANHIA DA CANTORA SIMONE!









Lá se vão muitos anos na companhia da cantora Simone e sempre que uma nova canção me chegava aos ouvidos eu tinha a nitida impressão de que ela havia sido feita e estava sendo cantada somente para mim. Parecia que aquela voz refletia os momentos bons e ruins que se passavam por minha vida naquele instante.

Passaram-se os anos e o carinho por esta figura única no cenário da musica popular brasileira ganhou espaço perpetuo em minha vida, um espaço onde estão lá todas as canções, todas as imagens e todos os momentos que consegui juntar ao longo deste tempo de minha vida.

Assisti ao show “Em Boa Companhia”, aqui em São Paulo, no segundo dia da apreentação no Teatro Bradesco. Fui ansioso pois os shows anteriores, que tiveram a direção de José Possi Neto, foram geniais, e ao acabar de assistir o show novamente me sentia embreagado de paixão por Simone e por José Possi Neto.

Assistindo ao DVD, lançado pela gravadora Biscoito Fino, fui tomado por uma emoção enorme. Estava só em casa e a voz de Simone foi tomando todos os espaços e meu envolvimento com o que via na TV foi crecendo a cada canção, primeiro por ter sido gravado em Pernambuco, terra de meu pai, segundo pelas belas estrelinhas que numa transparência maravilhosa enfeitam o cenário, depois, naturalmente, pelas canções.

A emoção explodiu por meio de lagrimas que rolaram pelo rosto de maneira generosas ao longo de toda a interpretação da canção “Fullgás”... Poxa! quantas pessoas se pautaram pelos versos ..?!. “você me abre seus braços e a gente faz um país ... “ de Marina Lima e Antonio Cicero durante a decada de 80??
Uma saudosa alegria me invadiu, ouvi feliz a interpretação primorosa de Simone para uma canção de Jorge Benjor – “Ive Brussel” que adoro e com a alma repleta de alegria pensei:
- poxa estou mesmo velho, chorar assistindo a um DVD de Simone é coisa que só a sabedoria dos mais velhos pode trazer a nossas vidas.

O cuidado primoroso na apresentação do novo trabalho de Simone é comovente. Tamanho cuidado com capas e encartes só aconteceu durante sua estadia na EMI/ODEON quando as capas do LPs tinham luxuosas fotos de Vania Toledo e detalhes em relevo.

Para um país que costuma esquecer com facilidade seus idolos é comovente ver uma artista com quase quarenta anos de carreira ter um novo trabalho lançado com tamanho cuidado e carinho, e isso faz com que torne-se mesmo impossivel não se comover na companhia de Simone.




Paulo Gonçalo dos Santos
Historiador / Pesquisador de MPB
paulogoncalo@uol.com.br

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

AS CANTORAS NEGRAS DO BRASIL






BRASIL: UM PAÍS AFRO-DESCENDENTE E DE VOZ FEMININA Desde que a escrava negra ninou o senhorzinho com seu canto-lamento trazido das terras africanas, a formação de nosso povo tem a voz feminina como a mais pura tradução de seu cancioneiro popular. Inúmeras são as cantoras que por séculos acalantam e acariciam o povo brasileiro, desde que a negra escrava com seu canto - lamento nos ensinou a apreciar a sonoridade vinda da alma feminina que, ao longo dos séculos, foram decalcando em nossos inconscientes a paixão por elas.

Livro disponivel para compra on-line no Clube de Autores, link abaixo:


http://clubedeautores.com.br/book/3181--As_Cantoras_Negras_do_Brasil

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

LUIZA POSSI - A VIDA DA PRINCESA É MESMO AGORA!








Alguém esqueceu de me contar que a Música Popular Brasileira, tem uma princesa que canta como os passaros e encanta os olhos, feito enfentiçando-os como o rio quando corre levemente para o mar. E esta princesa é Luiza Possi em seu primeiro DVD.

O primeiro DVD de Luiza Possi é marcado por uma beleza singela e uma coragem que só as grandes cantoras tem. Quem não imaginava sua mãe a inigualavel Zizi Possi como convidada neste seu primeiro trabalho? Bem não vimos Zizi Possi, a não ser na citação do convidado Herbet Viana.

A dignidade da familia Possi perpetua-se na pricesinha que chegou para marcar e garantir seu espaço no céu estrelado de nossa música brasileira, nem mesmo o maior diretor de teatro brasileiro, Jose Possi Neto que é seu tio, apareceu como responsavel pelo espetaculo. Ela, por si só, brilha sem a presença de outras estrelas.

Nada contra Luiza Possi ter usado a aprticipação de sua mãe ou a direção de seu tio, mas convenhamos: nosso país já esta cansado destas atitudes corporativas que estão empregnadas em todos os meios da nação brasileira.

Como já escreveu o poeta, um dia deveriamos todos nos mirarmos nesta familia, para assim podermos apreciar com maior delicadeza cada detalhe do belissimo trabalho que Luiza Possi apresenta a um publico ávido pela boa música que nasce a cada dia em todos os cantos do Brasil.

Não bastasse a beleza e a voz delicada Luiza inclui neste seu primeiro trabalho em DVD classicos do cancioneiro mundial com “Miss Celie’s Blues”, “Calling You” e “ Somewhere Over the Rainbow” somente aí estabelecese uma ligação com a cantora que dificilmente iremos romper um dia. Luiza Possi é de fato uma nova estrela na MPB. E uma estrela de primeira grandeza!





Paulo Gonçalo dos Santos
Historiador / Pesquisador de MPB
paulogoncalo@uol.com.br

Andre L. M. Menezes
Revisão Afetiva

terça-feira, 7 de setembro de 2010

A MAIS LINDA NOITE PRETA !













Sempre pensei ser o “preto” a soma de todas as cores e não a ausência dela como insistem em nos dizer os livros, e a cantora Preta Gil só me faz acreditar totalmente nisto.Seu primeiro DVD chega a nossas casas trazendo um imenso prazer e uma supreendente alegria.

O mundo do show biz mundial tem em Byoncé o icone pop do momento, mas é sem sombra de dúvida Preta Gil a melhor tradução do pop nacional que, como o samba de outros tempos, trazia a alegria, a leveza e o gosto por dançar em seu trabalho, e é impossivel não querer “se jogar” ao assistir ao DVD “Noite Preta” – ao vivo.

O DVD é recheado de canções que não permitem que fiquemos parado, até mesmo na belissima canção “Drão” de seu pai Gilberto Gil, uma das mais belas canções contemporaneas do mundo, Preta derrete-se efusivamente duetando com o papai Gil e aos acordes do filhão Francisco, afinal quem pode dividir os vocais numa canção feita para a mãe com o proprio pai no cenário musical do mundo??? Só mesmo Preta Gil.

E falando em convidados especias, está lá a participação ultra especial da cantora Ana Carolina num dos momentos mais eletrizantes do show Noite Preta. As cantoras duetam na canção “Sinais de Fogo” criando clima para lá de contagiante, impossivel ouvi-las sem estar cantando aos gritos a letra da belissima canção.

Preta Gil é cantora em essencia, tem um vozeirão maravilhoso e sua alegria de viver a torna ao meu ver hoje, a maior DIVA pop de nosso Brasil, pefeitamente conectada ao universo musical baiano ela não tem aquela alegria às vezes um pouco forçada dos cantores e cantoras baianos de axé, sua alegria é espontaea... É uma alegria do Brasil.

E no meio de tanta alegria sobra tempo para Preta Gil homenagear a Rainha da MPB – Maria Bethânia cantando a canção “Cheiro de Amor” e o amigo Lulu Santos através de interpretações primorosas de duas de suas mais belas canções: “Tempos Modernos” e “Toda Forma de Amor”.

Pensam que acabou não ainda tem mega-sucessos no final deste espetaculo que deixa a alma mais leve e o corpo louco para foliar mais e mais, tem lá “Lourinha Bombril” e “Doce Mel”(Isso mesmo: de Xuxa). Bem este é o universo de Preta Gil, uma menina baiana filha do mais querido cantor e compositor brasileiro que já roubou nossos corações só para ela. Bem depois de ver o DVD – Preta Gil ao vivo, o que fazer??? Bem, ir apra o Twiter e twitar muito com todos que adoram uma noite linda e preta!




Paulo Gonçalo dos Santos
Historiador / Pesquisador de MPB
paulogoncalo@uol.com.br

Andre L. M. Menezes
Revisão Afetiva

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

ÁRIA : NOVO CD DE DJAVAN.










Parece mesmo que a gravadora Biscoito Fino conseguiu juntar em seu casting, absolutamente, tudo que existe de bom em nossa música, e por ser Djavan um destes, eis aí o primeiro trabalho dele chegando até nossos ouvidos.

A começar pela belíssima concepção gráfica, de extremo bom gosto, com requintes que só mesmo esta gravadora é capaz de nos presentear. O CD trás de volta o interprete Djavan que canta composições da fina flor de nossa música popular.

O CD tem uma harmonia que nos embebeda, permitindo que ouçamos todas as faixas., A voz de Djavan não perdeu nada com o passar dos anos, apenas ganhou ainda mais textura e sabor, é assim mastigando cada verso saborosamente que ele nos oferece cada interpretação.

O mais incrível foi que algumas vezes durante a audição dos quase 45 minutos de excelente música, me esqueci que tais canções não foram compostas por Djavan, e é incrível a assinatura vocal deste que é um dos grandes nomes da MPB, seu registro é simplesmente a melhor tradução para o verbo criado nos anos 80 por Caetano Veloso, “djavanear”.

Ops! Quase vou acabando estes escritos sem dizer que estão presentes nas 12 interpretações ninguém menos que: Cartola e sua “Disfarça e Chora”, Caetano Veloso e a maravilhosa canção “Oração ao Tempo”, Luiz Gonzaga e Zé Dantas na instrumental “Treze de Dezembro”, e ainda temos Edu Lobo, Beto Guedes, Silas de Oliveira e Mano Décio, entre outros. Mas a última canção trás Gilberto Gil e a canção “Palco” que, “ops”, pensei ao escutá-la que tivesse sido feita por Djavan... hehehe.....

Um CD que nasce clássico! Que venha um show tão lindo e bem cuidado quanto este CD e esperamos que venha um super DVD logo!


Paulo Gonçalo dos Santos
Historiador / Pesquisador de MPB
paulogoncalo@uol.com.br

Andre L. M. Menezes
Revisão Afetiva