segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

UMA NOITE EM 1967 PELA TELINHA DA ANTIGA TV RECORD.








É muito interessante e feliz observar que há alguns anos nosso país começa a se preocupar com a memória cultural/musical, e a prova disto é a quantidade de documentários sobre nomes e momentos importantes de nossa cultura que tem sido exibido em festivais de cinema pais a fora e veem ganhando uma constância saudavel nos lançamentos em DVD.

Este é o caso do excelente documentário lançado pela Vídeo Filmes sob a direção de Renato Terra e Ricardo Calil: “Uma Noite em 67”, que reconstroi com precisão o maior acontecimento do ano de 1967 que foi o III Festival da MPB da TV Record de São Paulo transmitido ao vivo de um belo Teatro que ainda existe na região central da cidade de São Paulo.

Vários foram os festivais de MPB que a TV Record patrocinou e transmitiu para o Brasil, mas este, em especial, ganhou importância impar ao longo de nossa história devido a qualidade das canções que participaram deste certame música, para ficar apenas em três basta citar obras primas de Chico Buarque, Caetano Veloso e Gilberto Gil respectivamente, “Roda Viva”, “Alegria, Alegria” e “Domingo no Parque”.

Permeando os números músicais em preto e branco que carregam além dos sons da época, sabores únicos como as manifestações da platéia, as roupas usadas, os cenários, os juris, enfim, um conjunto que nos faz remontar um periodo de nossa recente história de maneira muito rara. É possivel as novas gerações compreender este periodo de nossa história, porque é quase que possivel também tocar com as mãos este tempo ao assistir o documentário.

Os depoimentos dos compositores, interpretes e jurados acrescentam pouco a estas imagens que tem a inacreditavel capacidade de falar por si só. Os extras trazem numeros músicas belissimos com Nana Caymmi e Elis Regina defendendo canções de seu namorado, no caso de Nana e do clã da familia Caymmi no caso de Elis, alias do depoimento de Dori Caymmi autor do comentário é bem corajoso por tratar-se de uma leve critica a Diva primeira de nossa MPB, Elis Regina.

Enfim é muito bom perceber que nossa cultura está sendo tão bem cuidada, e que venham outras tantas noites importantes para nossa mémoria.




Paulo Gonçalo dos Santos
Historiador / Pesquisador de MPB
paulogoncalo@uol.com.br
Andre L. M. Menezes
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sábado, 25 de dezembro de 2010

A BELA HERANÇA DE DIOGO NOGUEIRA.











Por certo tempo, fiquei um pouco afastado do trabalho do cantor e composito Diogo Nogueira, e achei um exagero a super exposição que viveu quando foi contratado por um grande gravadora. Tudo isso por ser fã inconsdiscional de seu pai o grande João Nogueira e me ressentir até hoje de sua ausencia no cenário musical brasileiro.

Quando uma pequena confusão chegou a imprenssa sobre uma canção de Chico Buarque e Ivan Lins que teria sido dada a cantora Simone por Ivan e que Chico teria preferido entregar a Diogo fiquei ainda mais desconfiado, mas enfim...

Ao parar para assistir ao DVD “Sou Eu... Ao Vivo” de Diogo Nogueira lançado pela gravadora EMI terminei convencido do talento e da bela herança que João Nogueira deixou e que Diogo cuida com esmero e carinho. Terminei de assistir ao DVD e tornei-me fã deste belo cantor, desde o aparecido de Maria Rita, filha e herdeira de Elis Regina, nenhum outro jovem talento me sensibilizou tanto.

Sabia a escolha do repertorio de Diogo Nogueira, misturando velhos classicos de nossa música popular e composições de jovens poetas tudo embelezado por belos cenários e por belas coreografias, espetaculo digno de um cantor tão bom quanto o é Diogo Nogueira. Investir neste tipo de talento é muito raro hoje em dia mas me parece que as “major” grandes gravadoras tem pretado atenção nisto vide o cuidado com a carreira de Maria Gadú.

Diogo Nogueira conta com a participação luxuosa em seu show de Alcione, Hamilton de Olanda, a turma de Carlinos de Jesus e ninguem menos do que Ivan Lins e Chico Buarque ao vivo o que é extremamente raro de se ver.

Penso que João Nogueira lá em cima ao lado de Vinicius de Moraes, Noel Rosa, Clara Nunes, Tom Jobim e tantos outros deve estar muito feliz, e deve sentir-se todo ‘pimpão’ quando vê que mais uma estrela brilha no cenário músical do Brasil e esta feita por ele!!





Paulo Gonçalo dos Santos
Historiador / Pesquisador de MPB
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Andre L. M. Menezes
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O AMOR, A FESTA E A DEVOÇÃO DE MARIA BETHÂNIA.





Aos suditos cabem venerar a Rainha e nesta altura do reinado para lá de 40 anos é praticamente impossivel tecer algum comentário que possa macular o trabalho dos ultimos anos da abelha rainha Maria Bethânia, desde o cd e dvd “Brasileirinho” que Maria Bethânia vem mostrando para todo o mundo seus amores, suas festas e suas devoções, um marco na carreira da cantora que tem se perpetuado a cada trabalho que ela lança.

Aos poucos chegou a todos os apreciadores da música brasileira através da gravadora Biscoito Fino (desta vez também em blu-ray) o ultimo trabalho de Maria Bethânia chamado “Amor, Festa e Devoção”, registro primorozo do ultimo show e tournee da cantora, com esmero de sempre e direção cênica acertada de Bia Lessa.

Momento especia eu destaco a interpretação da canção do portugues Pedro Abrunhosa – ‘Balada da Gisberta’ feita pelo compositor/poeta em homenagem ao transexxual brasileiro morto em Portugal numa demostração de que a intolerancia e o desrespeito às liberdades individuais não são privilégios de nosso Brasil. A carga dramatica na interpretação nos leva a refletir sobre os inumeros casos diários de violência que seifam vidas intermitentemente.

O cenário e o palco tomados por rosas vermelhas que adornam toda a apresentação da Abelha Rainha dão um riquinte e uma pompa poucas vezes vistas em outros cantores (as) da MPB, mas nada que surpreenda quem já acompanha o trabalho desta interprete das palavras que faz nossas vidas menos amargas e duras há tanto tempo.

Maria Bethânia deixa seu publico sempre em sintonia com seus amores, suas festas e suas devoções e este registro que ao ser projetado tomam todos os comodos das casas dos suditos preenchendo as com tons vermelhos traz ainda um emocionante documentário onde Bethânia aparece cantando linda cercada pela familia na Basilica de Nossa Senhora Aparecida em São Paulo, eis ai a Rainha mostrando mais uma de suas devoções.

Abençoada um país que tem uma Rainha cantora.



Paulo Gonçalo dos Santos
Historiador / Pesquisador de MPB
paulogoncalo@uol.com.br
Andre L. M. Menezes
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ÁUREA MARTINS E AS JUDIARIAS DAS CANÇÕES DE HERMINIO BELLO DE CARVALHO.














Quarenta anos de carreira e pouquissimos registros em LP ou CD mostram o quanto o mercado fonografico brasileiro tem sido injusto com os talentos impares que nosso país possue em seus mais diferentes e longincuos cantos e reconcavos. Falo sobre Áurea Martins que agora toma toda minha casa ao cantar em meu player e assim tornando-a mais bonita.

A voz de Áurea Martins me traz sempre um misto de paz e melancolia que embreaga minha alma e me absorve transportando-me para o universo dos poetas que, luxuosamente, ela escolhe para interpretar, desta vez são só canções do mais belo dos belos poetas vivos de nossa MPB ninguém menos que Hermínio Bello de Carvalho.

A gravadora Biscoito Fino retomando sua vocação principal de dar vez e voz colocando no mercado os talentos esquecidos pela grande mídia, coloca a nossa disposição o CD de Áurea Martins intitulado “De Ponta Cabeça” obra prima merecedora de muitos, mas muitos aplausos e que todos estejam em pé para essa merecida aclamação.

Estão neste trabalho os classicos do compositor, alguns que já estão no inconsciente coletivo de todo o povo brasileiro como “pressentimento”, “cobras e lagartos” e “via crucis”, canções de uma beleza única e que foram imortalizadas nas vozes de outros tantos interpretes e ganham vida nova e definitiva na voz crua de Áurea Martins.

Que me perdoem os outros interpretes das canções de Herminio Bello de Carvalho, mas ouvir na voz de Áurea Martins versos como “... unca mais vai beber minahs lágrimas, não vai não / me fazer de gato e sapato, não vai mesmo não...” é coisa para os deuses do Olimpo, que deveriam estar de joelhos venerando esta dama da canção quando de suas interpretações para este CD gravado de forma explendia e cheia de inspiração.




Paulo Gonçalo dos Santos
Historiador / Pesquisador de MPB
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Andre L. M. Menezes
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GRANDES NOMES – ABELIM MARIA DA CUNHA... SALVE ANGELA MARIA.



O Brasil talvez seja o único país no mundo que deve se orgulhar da enorme quantidade de cantoras que possue, mas certamente qualquer outro país não só se orgulharia como veneraria eternamente a cantora que certa vez ganhou o apelido de “sapoti” - fruta tipica do interior do Brasil - e que possue a mais bela voz entre todas as outras cantoras que já estiveram e estão entre nos.

Angela Maria, cantora singular no cenário musical nacional há mais de 50 anos há muito ocupa o primeiro lugar entre as mais importantes interpretes vivas de nossa canção. Seu inicio de carreira foi assumidamente construído a partir da imitação de Dalva de Olivieira, outra cantora que fez e faz nosso Brasil orgulhar-se.
Angela Maria que começou imitando Dalva de Oliveira foi imitada no inicio de carreira por ninguém menos que Elis Regina que enquanto esteve viva não deixou de prestar inumeras homenagens à Diva da cor do “sapoti”. Sempre que podia Elis Regina fala sobre Angela Maria e cantava seus sucessos, o que só fez aumentar o respeito por esta maravilhosa cantora.

Aos poucos nosso imenso país vai perdendo a fama de ser um país sem memoria, certo que ainda é muito lento este processo da recuperação da memoria cultural nacional, mas ele existe e vem consquistando um filão importante do mercado fonográfico, e a prova maior é o lançamento recente da Globo Marcas de mais um DVD da série Grandes Nomes da Rede Globo, desta vez o especial feito por ninguém menos que ela a nossa sapoti: Angela Maria.

O Especial que foi ao ar no inicio da decada de 80 fez parte de uma série de programas que trazia no titulo o nome verdadeiro do cantor (a), este programa que teve Angela Maria como centro trouxe numeros musicais com os maiores sucessos da cantora até à epoca e participações para lá de especiais de João Bosco e, pasmem, da cantora Angela Ro Ro em numero para lá de inusitado. Para terem idéia desta participação Angela Maria chega a perguntar a Ro Ro porque que ela uma moça tão bonita não tinha namorado.

Brincadeira a parte o DVD é um marco histórico e deve estar entre os de destaque em qualquer coleção de MPB pois ver e ouvir Angela Maria em um momento tão doce de sua vida é um privilégio para todos aqueles que cultuam a memoria musical de nosso Brasil.




Paulo Gonçalo dos Santo
Historiador / Pesquisador de MPB
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Andre L. M. Menezes
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O DIVERTIDO CABARET DE REGINALDO ROSSI












Confesso que fui levado até ao DVD colocado no mercado musical pela EMI do cantor Reginaldo Rossi intitulado “Cabaret do Rossi” porque soube que entre as canções do reportorio do cantor estava a canção “I will survive” atiçado por esta informação trouxe para casa o DVD.

Grata foi a surpresa ao assisti-lo até o fim. Adimiro profundamente todos aqueles que conseguem rir de suas mazelas e tragédias, acho que assim a dor fica menos dificil e a superação se torna masi tranquila, e descobri que Reginaldo Rossi é assim: ele mesmo; não se leva a sério e ri de si a todo o momento neste show que é deveras alegre.

Assumindo como idolo numero um do publico chamado de brega ele monta seu show num pequeno cabaret de tons forte e cercado por belas moças que fazem coreografias em algumas canções que nos remetem as “chacretes”. Com pequena plateia, formada certamente por fãs incondicionais, o show evolui descontraidamente.

De maneira despudorada ele regrava hit do duo de Marisa Monte e Arnaldo Antunes “Amor I Love You” parceria com Carlinhos Brown nos mostrando com as canções chegam até o povo, afinal a canção de Marisa Monte foi sucesso estrondoso chegando em seu lançamento a todo o povo brasileiro, do morro aos condominos fechados, e Reginaldo Rossi recicla a canção e mostra como ela chegou ao seu publico.

O número musical que me fez trazer para casa o DVD – “I Will Survive” é hilário, impossivel não rir, mas a interpretação é boa e como sempre acontece quem ouve a canção canta junto, embora revestido de alguns ares homofobicos p que é uma contradição visto que a canção é um hino da comunidade gay mundial. Vale a diversão.
Reginaldo Rossi que apareceu no cenário musical nos idos da Joven Guarda certamente deve ser o Rei de um publico que não tem vergonha de ser e viver da maneira que quer e é.





Paulo Gonçalo dos Santos
Historiador / Pesquisador de MPB
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Andre L. M. Menezes
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ELIEZER SETTON A VOZ QUE REDESCOBRE O BRASIL











Os brasileiros de minha geração aprenderam de maneira sofrida que cantar os símbolos de nosso Brasil era algo extremamente ligado ao ufanismo propagado pelos defensores do período mais triste de nossa história recente que perdurou 30 anos e nos deixou sob o comando dos militares e sob inúmeras proibições e perseguições.

Para nós é impossível não lembrar este período onde gênios de nossa música como Caetano Veloso e Gilberto Gil foram expulsos do país e que Chico Buarque buscou voluntariamente o exílio, e fizemos muita pirraça na praça e depois de três décadas retomamos o caminho da liberdade.

Desde então tem sido difícil reincorporar o prazer por ouvir nossos hinos, admirar nosso escudo, nossas cores e vimos aos poucos rompendo (não sem dor) com este sentimento que nos afastou de nossos símbolos nacionais. Um primeiro movimento tem sido desde a redemocratização do Brasil e a incorporação das palmas ao final dos cantos coletivos do hino nacional. Isso nos parece uma forma de desforra.

Mas ao chegar aos ouvidos o doce trabalho de um cantor, ou melhor, de um menestrel do nordeste brasileiro chamado Eliezer Setton no formato CD chamado “Hinos à Paisana”, feito sob apoio do SESC Alagoas, algo brotou dentro do peito e tornou-se impossível ouvir este cd repleto de nossos hinos ufanistas sem nos emocionar e acompanhá-los a plenos pulmões.

Eliezzer Setton dá cor, brilho e devolve-nos a alegria de sermos brasileiros e podermos desfrutar de tantos belos hinos. Os ritmos que ele agrega aos hinos são os nossos mais queridos por toda nossa gente, sua voz forte de homem nordestinos nos toca a alma e faz com que passemos a redescobrir o amor que temos pelo Brasil.

Salve este menestrel das alagoas que redescobre o Brasil e arrasta atrás de seu canto uma multidão louca de vontade de gritar bem alta para o mundo todo ouvir o quanto amamos nosso Brasil.



Paulo Gonçalo dos Santos
Historiador / Pesquisador de MPB
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Andre L. M. Menezes
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sábado, 13 de novembro de 2010

AS RESPOSTAS AO TEMPO ATRAVÉS DOS SONHOS DE MILTON NASCIMENTO.






“... No fundo é uma eterna criança que não são soube amadurecer, eu posso, ele não vai poder me esquecer ..”. É através da canção de Cristovão Bastos e Aldir Blanc que Milton Nascimento nos dá o melhor presente da ultima década na MPB, lançando o CD:... E a Gente Sonhando, onde reúne uma turma de jovens mineiros envolvidos com a música e mostra que é a voz do Brasil.

Aquela velha saudade de ouvir a mais bela voz masculina da MPB que parecia ter ficado apenas na lembrança e nos LPs, CDs e vídeos que estão espalhados pelo mundo, foi embora, e é esta voz tão bela e tão significante está ao nosso alcance neste novo trabalho de Milton, o nosso Mil tons.

O CD tem canções novas e antigas não só de Milton, e é um passeio pela boa música brasileira que pode ecoar em qualquer rincão do mundo, todos nós sabemos que Milton Nascimento é o cantor brasileiro de maior projeção internacional e é a reafirmação disso que ouvimos em todas as canções esplendidamente arranjadas para este trabalho.

“... estrela, estrela como ser assim tão só, tão só e nunca sofrer ..”. a canção antiga de Vitor Ramil encaixa-se perfeitamente na seleção do CD pois fica claro que a estrela respondeu a Milton Nascimento dizendo-lhe que bastava juntar se a quem de fato ama a musica e a tem pura no coração, este grupo que cercou Milton para este trabalho traduz o que de mais belo a música pode provocar nas pessoas.

Dentro deste trabalho cabe ao compositor Lulu Santos e uma de suas composições que marcaram os anos 80 cheio de swing e malicia, Milton Nascimento se desvela num momento de plenitude e musicalidade únicos.

E a gente sonhando....Certamente é de uma alegria que faz nascer o amor em nossos corações; amor que de desdobra pela voz de Milton Nascimento.


Paulo Gonçalo dos Santos
Historiador / Pesquisador de MPB
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Andre L. M. Menezes
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O MARCO ZERO DE ELBA RAMALHO.












Elba Ramalho completou 30 anos de carreira e gravou o belíssimo CD no centro da capital de Pernambuco, Recife, recheado de participações especiais e de números musicais que desenham a trajetória da cantora que um dia foi chamada de “a Madonna do Nordeste’ de maneira jocosa por algum jornalista que acreditava entender de música brasileira.

Nestes 30 anos Elba Ramalho só fez mesmo se transformar em uma das maiores Divas de nossa canção popular, com sua voz rascante e cheia de swing. São inúmeros os sucessos que Elba emplacou durante todos estes anos e que nos fez dançar muito e namorar ainda mais.

O CD que já se encontra a venda está sendo lançado pela Biscoito Fino, que havia já editado o excelente CD de inéditas de Elba ano passado, a promessa é que até o final de 2010 chegue até as mãos dos admiradores de Elba o DVD que fora gravado junto com este DVD.

A música que abre a audição do CD é uma das mais bonitas já escritas por Alceu Valença intitulada “Anunciação” e a voz de Elba rasga os céus recifenses entoando “... tu vens, tu vens, eu já escuto os teus sinais ...” fantástica embaixatriz da região mais linda de nosso Brasil.
“... descobrir a beleza desta mulher..”. emenda a voz de Elba a primeira canção fazendo nos lembrar de sua estréia nos discos com a bela “Banquete dos Signos’ um dos trabalhos mais emblemáticos da cantora no final dos anos 70 inicio da década de 80, década alias que firmaria definitivamente no cenário musical o nome de Elba.


Ouvimos Elba dividir os vocais com Geraldo Azevedo, Lenine, Alcione, Zé Ramalho, André Rio e Cesinha atual companheiro da cantora em dueto emocionado em “É só você querer”.

O desejo que fica instalado no coração ao acabar de ouvir este CD de Elba Ramalho é o de que, pelo menos, mais 30 anos se passem com a voz de Elba a embalar nossos sonhos e nossas alegrias. Feliz de um povo que tem uma voz como a de Elba a traduzir seus sons!
Salve Elba!




Paulo Gonçalo dos Santos
Historiador / Pesquisador de MPB
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Andre L. M. Menezes
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CAUBY SINGS SINATRA.











Perto de completar 80 anos de vida (pelo menos pelo que consta em algumas biografias do cantor Cauby Peixoto no mundo virtual) chega a nós súditos incontestes deste rei da canção o magnífico e perfeito DVD e Cd “Cauby Sings Sinatra”.

Gravado no Teatro Fecap, localizado na cidade de São Paulo no bairro da Liberdade, é um dos espaços mais simpáticos e singelos onde nossa boa música tem a chance de ser tocada e apreciada com conforto, elegância e acesso a todos os bolsos.

O DVD registra o show soberbo que foi realizado no Teatro Fecap conseguindo captar a emoção que o artista transpira sempre que se vê frente a seu publico, um show certamente difícil por tratar se de um repertorio inteirinho em língua inglesa, mas para o “Professor” - como é chamado carinhosamente no universo da musica brasileira - foi apenas mais uma das tarefas que seu oficio lhe impôs e ele humildemente acatou.

Impressiona a qualidade e limpidez da magistral voz de Cauby Peixoto. Sua voz é um instrumento poderoso e isso é privilégio para pouquíssimos no cenário do mundo da música.

Com a participação de músicos brilhantes o show tem uma concepção jazzística, e quem já teve a oportunidade de assistir show dos grandes mestres do Jazz gravados nos Night Cubs de New York ou New Orleans percebe o quanto está estrutura deixou Cauby Peixoto confortável.

Sua voz impecável passeia pelos grandes sucessos de Sinatra. É maravilhoso ver e ouvir Cauby interpretando “All the Wa”y, “Laura”, ‘S wonderful, Moon River”, “My Way” e o “Theme from New York, New York”, poxa vida se a canção não tivesse sido primeiro gravada pro Liza Minelli certamente teriam convidado Cauby Peixoto para interpretá-la, ou melhor teriam chamado Ron Coby (nome usado por Cauby nos anos 50 quando tentou carreira em Holywwod) para tal feito.

Cauby Peixoto com mais este trabalho reafirma seu reinado como o maior cantor de nossa história musical.





Paulo Gonçalo dos Santos
Historiador / Pesquisador de MPB
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Andre L. M. Menezes
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UMA LIRICA DE FAUSTO NILO.











Nascido em Quixeramobim, Ceará, o poeta Fausto Nilo que é também arquiteto vem deixando sua marca no cenário musical brasileiro já há um bom tempo. Suas composições ecoam e ecoaram por todos os cantos do Brasil nas mais belas vozes de nossa música brasileira.

Agora em 2010 a gravadora Biscoito Fino trás para deleite dos fãs deste poeta maior um CD gravado no Ceará totalmente dedicado a obra de Fausto Nilo recheado de convidados especiais que dão um toque ainda mais especial nesta obra tão bem cuidada.

Quem durante os anos 80 não cantarolou a canção “ ... Felicidade é uma cidade pequenina, é uma casinha é uma colina , qualquer lugar que se ilumina, quando a gente quer amar...” na época entoada pela cantora Simone?

Infelizmente, uma desavensa entre a cantora e o poeta nos impede de ouvir Simone entoar novamente as canções de Fausto Nilo. Perdemos nós fãs dos dois, mas para defender esta canção neste CD que presta merecida homenagem a Fausto Nilo é Ivan Lins que não faz por menos e toca nossos corações com sua interpretação de “Pão e Poesia”.

Mas o Cd que se chama “Quando Fevereiro Chegar – Uma lírica de Fausto Nilo”, tras em ordem os seguintes convidados especiais, Geraldo Azevedo, Caetano Veloso, Elza Soares, Fernanda Takai, Carlinhos Brown, Zé Ramalho, Zeca Baleiro, Jorge Vercillo, Moraes Moreira, Fagner e o proprio Fausto Nilo junto a todos que participam do CD encerram cantando um de seus maiores sucessos que foi imortalizado nos anos 80 por ninguém menos que Gal Costa, “Bloco do Prazer”.

Entre tantas participações magistrais, desta-se a de Fernanda Takai interpretanto a surreal canção intitulada “O Elefante” parceria de Fausto Nilo e Robertinho do Recife que diz mais ou menos assim “... Como criança que vai viajar, acordei cedo e vi você sonhar, Uma ciranda doce pelo ar e a natureza foi se balançar a fantasia me faz delirar...”

É impossivel aos amantes da música brasileira não ter este CD entre os outros tantos que compões a cesta básica da música popular brasileira.



Paulo Gonçalo dos Santos
Historiador / Pesquisador de MPB
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Andre L. M. Menezes
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sexta-feira, 15 de outubro de 2010

A RECEITA ENCANTADA DE VANESSA DA MATA.






Fotos de: Geraldo Pestalozzi





Alguma vez você imaginou encontrar a receita de um bolo enquanto estava folheando o belo encarte do CD de uma grande cantora? Certamente que não! Pois bem, entre tantas surpresas que podemos encontrar no CD “Bicicletas, Bolos e Outras Alegrias” , esta é apenas uma delas.

Vanessa da Mata a “cantautora” deste belíssimo trabalho fez chegar às lojas seu CD sem grandes alardes, alias ela não precisa mesmo de nenhum alarde ou badalação, porque sua presença já é um show indescritível. Possuidora de uma rara beleza física e de uma capacidade poética impar de fato não precisa de holofotes pois a luz emana de sua figura com naturalidade.

O CD traz 12 canções sendo que 10 são da autoria da própria Vanessa da Mata sem parcerias, e somente duas foram compostas com parceiros ilustres, Gilberto Gil e Lokua Kanza, parcerias que dispensam qualquer tipo de comentário. Faz-se mesmo necessário ouvir as canções.

O CD nos mostra uma Vanessa da Mata menina, moleca, alegre que busca na simplicidade da existência humana a explicação para sua música, todas as canções chegam ao nossos ouvidas carregadas de um lirismo encantado que só a ingenuidade do universo infantil pode trazer.

Tudo no CD nos faz mergulhar no universo da simplicidade onde aprece morar essa imensa mulher de cabelos ao vento que faz contraponto com as madeixas estiradas a vapor que a moda insiste em impor as mulheres.

A canção “Fiu, Fiu” é impagável e certamente arrastara as adolescentes para o encontro de Vanessa da Mata, ela diz assim na canção: “... eu passei por uma construção. Várias sacolas na mão, um peso e um passo, um passo, um passo, um passo. Ih, ouvi um assovio, que distraiu o peso, me mudou de lugar, aha...” ninguém mais no cenário musical brasileiro poderia cantar estes versos.

Vanessa da Mata divide conosco a receita da Vó Sinhá, e é impossível não ser levado à cozinha da casa para experimentar a tal receita, assim como não lembrar e sentir o gostinho das comidas que as vovós prepararam e preparam para seus netos. Salve esta cantora que se torna a mais bela estrela de nossa música pautada num mar de simplicidade feliz!







Paulo Gonçalo dos Santos
Historiador / Pesquisador de MPB
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Andre L. M. Menezes
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sábado, 9 de outubro de 2010

NA LINHA DO TEMPO DO COMPOSITOR MICHAEL SULLIVAN
















Durante os anos 80 e parte dos 90 não havia um momento sequer no dia em que sintonizássemos qualquer estação de rádio, fosse AM ou FM, que não ouvíssemos uma , duas, três ou mais canções compostas por Michael Sullivan e Paulo Massadas.

As canções de um forte apelo popular e às vezes popularesco, diga-se, invadia o dial de nossos walkmam, de nossas casas e de nossos carros através das vozes dos mais diferentes ídolos da nossa música popular brasileira, algumas canções nem imaginávamos que fosse desta dupla de compositores.

As vozes femininas e masculinas da MPB usaram e abusaram do talento de Sullivan e Massadas. Deram voz à suas composições Divas consagradas da MPB como Simone, Gal Costa e Alcione e astros do naipe de Raimundo Fagner e Tim Maia.

Em 2009 depois de quase duas décadas desaparecido do cenário musical brasileiro Michael Sullivan retoma sua carreira com um interessante DVD intitulado “Na Linha do Tempo”, onde apresenta seu trabalho aos jovens que não o conhecem e presenteia fãs com sucessos inesquecíveis.

Devo ressaltar que a produção do DVD é impecável, o que torna as duas horas de show - fora os extras - ainda mais agradáveis, além dos convidados especiais que Sullivan pinçou para dividir com ele o aconchegante cenário onde o show nos é apresentado são um presente que chega a emocionar os corações dos amantes da MPB.

Os convidados de Sullivan são: Arnaldo Antunes numa belíssima participação onde alterna o canto e a declamação durante o canto da canção “Me dê Motivos” inesquecível! Que nos faz lembrar Tim Maia, sendo impossível não nos emocionar com este momento do show.

Outra belíssima participação que enobrece o DVD e reafirma a carreira de Sullivan como grande compositor é a de Daniel Jobim, sim o neto do Tom, que ainda compara Sullivan ao avô.

Temos a elegante participação da companheira de Sullivan a cantora Anayle Lima em dueto impecável e ainda contamos com a elegância de Paulinho do Trompete e a sabedoria do maestro Julinho Teixeira num poup hit em homenagem a cantora Alcione que Sullivan presta durante o show.

A mais surpreendente de todas as participações é a de Carlinhos Brown que se tornou o mais recente parceiro de Sullivan e divide com ele duas canções: nos extras vimos um clip da canção “Doce Copacabana” onde reaparece Daniel Jobim ao lado de Roberto Menescal num duo de Sullivan e Martinho da Vila.

Ainda temos a participação de Jorge Aragão. Talvez exista um excesso de informação no DVD, talvez Sullivan não precisasse de tantos convidados nem de tantas canções, mas para quem viveu plenamente os anos 80 é um belo momento de recordar, afinal, quem neste período não gritou a plenos pulmões junto a voz de Alcione os versos “... sempre que me pergunto quando vou te deixar, me responde nem morta ...” bom sujeito não é, ou é ruim da cabeça ou doente do pé.


Paulo Gonçalo dos Santos
Historiador / Pesquisador de MPB
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Andre L. M. Menezes
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domingo, 26 de setembro de 2010

SOBRE AS FLORES DE VANDRÉ QUE SE FORAM E O GERALDO QUE AQUI FICOU!









Foi com muita ansiedade que ontem contei os minutos apra ver no Canal a cabo Globo News uma entrevista com o cantor e compositor Geraldo Vandré, anunciada como uma entrevista reveladora após 40 anos sem conversar sobre o que realmente aconteceu com ele após sua volta ao pais em 1973 durante a ditadura militar.

Nada disso aconteceu, assisti a cada segundo da entrevista com um constrangimento que doía em minh’alma, como é possível alguém que teve uma capacidade poética única ter tido esta trajetória confusa, tortuosa e dolorosa nos últimos quarenta anos.

No termino da entrevista lagrimas escorriam sobre minha face, talvez porque a primavera tenha chegado, a primeira década do século XXI esteja indo embora, mais uma eleição para presidente vai acontecer e HISTÓRIAS como a de Geraldo Vandré insistem a nos cutucar vez por outra para lembrar nos que precisamos avanças muito ainda.

Apagaram a história desta figura impar da MPB acredito que de alguma forma ele aceitou isso, e todos nos brasileiros que desejamos um país democráticos não reparamos que estávamos deixando para trás muitas flores, na verdade muitas sementes que poderiam ter ajudado ao Brasil a conhecer melhor o Brasil.
http://www.youtube.com/watch?v=PDWuwh6edkY

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

A MÚSICA DE BRINQUEDO DO PATO FU







Fã de Fernanda Takai assumidamente desde que lançou seu CD em homenagem a Nara Leão, me rendo completamente agora ao grupo “Pato Fu” da qual Fernanda Takai é integrante. Eis seu novo trabalho, intitulado “Musica de Brinbquedo” da Rotomusic.

O CD foi totalmente gravado com instrumentos infantis, de brinquedo mesmo o que lhe dá uma caracteristica lúdica única na música popular brasileira, a belza das harmonias produzidas por estes brinquedos sonoros que vivem espalhados pela casa de quem tem crianças a ocupar a vida e os espaços diariamente.

Até pensei no inicio da audição do CD numa possivel comparação com os tabalhos de Adriana Partimpim, mas logo descartei tal comapração pois a sonoridade que John Ulhoa arranca dos instrumentos de brinquedo são únicos no cenário músical brasileiro.

A seleção das canções não poderia ser melhor e a intervenção vocal de dois garotinhos (Nina e Matheus) dão um chamne para lá de especial ao CD que é puro encantamento do começo ao final, resgatando nossa memoria afetivo musical a cada canção.

Estão lá as canções: Primavera (Tim maia), Sonifera Ilha (Titãs), Love me tender (Elvis Presley), Ovelha Negra (Rita Lee), Frevo Mulher (Zé Ramalho), Todos Estão Surdos (Roberto e Erasmo Carlos), Pelo Interfone (Ritchie), Ska (Paralamas do Sucesso) e uma versão para lá de gostosa de “Rock and roll Lullaby” hit absoluto de trilha de novela no inicio dos anos 70 aqui no Brasil.

Este passeio músical que o grupo Pato Fu nos traz é um veradeiro presente, só quem tem ou teve criança na vida cotidiana sabe o quanto o universo músical infantil vai do singelo ao complexo numa velocidade estonteante. Criança é mesmo alegria pura... Sempre.

Para este dia das crianças e todos os proximos que virão um dos presentes que não pode faltar é o CD “Música de Brinquedo”, item que desde seu lançamento tornou-se básico na cestinha das crianças de 8 aos 80 anos que vivem neste lindo país musical chamado Brasil.




Paulo Gonçalo dos Santos
Historiador / Pesquisador de MPB
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Andre L. M. Menezes
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JOBIM E SINATRA FINALMENTE COMPLETOS












O ano era 1969, e o trabalho, num disco primoroso que unia Antonio Carlos Jobim e Francis Albert Sinatra, estava pronto para ser lançado. Os LPs já fabricados começavam a ser entregues as distribuidoras, até que repentinamente uma ordem de Sinatra pede para que se arquive o LP.

Aparentemente contra gosto a gravadora obedece as ordens do todo poderosos Sinatra e recolhe os LPs e arquiva o projeto. E dizem que tal desejo se manifestou porque entre uma e outra canção Tom Jobim chama Sinatra de ‘meu amor’.

Em 1969 com a fama de cantor numero hum da América, é provavel que Frank Sinatra não quisesse de maneira nenhuma colocar em risco sua fama de “macho” cosntruida pelos anos afora principalmente com suas atuações nas telonas e nos romances que incluiam até um princesa linda.

Agora, em 2010, a gravadora Universal Music coloca no formato CD a obra “The Complete Reprise Recordings” que traz todoas as gravações daquele LP que outrosa Sinatra pedira que fosse arquivado por sua gravadora de então.

Com total avidez por ouvir corri para trazer o meu CD para casa, e como era de se esperar trata-se de uma obra primorosa, uma onda de tranquilidade nos invade ao ouvir o CD do começo ao fim, alias torna-se impossivel não ouvi-lo inteiro. E repeti-lo!

Estão lá as músicas: ‘Garota de Ipanema’, ‘Wave’, ‘Dindi’, ‘Bonita’, ‘Triste’,’Corcovado’, ‘Meditação’, ‘Água de Beber’ e tantas outras, todas vertidas para o ingles e com participação esfuziante de Tom Jobim, alias ao acabar de ouvir o CD penso que Frank Sinatra não deixou o disco sair por puro medo de uma comparação com o jovem Tom Jobim, que certamente tornar-se-ia um idolo americano.

A cada tempo da ausencia sentida de Tom Jobim, o Brasil reafirma com todas as certezas que o nosso Maestro Soberano, é de fato, um Maestro com vocação para o dominar o Mundo.






Paulo Gonçalo dos Santos
Historiador / Pesquisador de MPB
paulogoncalo@uol.com.br

Andre L. M. Menezes
Revisão Afetiva

TEMPOS BONS NA BOA COMPANHIA DA CANTORA SIMONE!









Lá se vão muitos anos na companhia da cantora Simone e sempre que uma nova canção me chegava aos ouvidos eu tinha a nitida impressão de que ela havia sido feita e estava sendo cantada somente para mim. Parecia que aquela voz refletia os momentos bons e ruins que se passavam por minha vida naquele instante.

Passaram-se os anos e o carinho por esta figura única no cenário da musica popular brasileira ganhou espaço perpetuo em minha vida, um espaço onde estão lá todas as canções, todas as imagens e todos os momentos que consegui juntar ao longo deste tempo de minha vida.

Assisti ao show “Em Boa Companhia”, aqui em São Paulo, no segundo dia da apreentação no Teatro Bradesco. Fui ansioso pois os shows anteriores, que tiveram a direção de José Possi Neto, foram geniais, e ao acabar de assistir o show novamente me sentia embreagado de paixão por Simone e por José Possi Neto.

Assistindo ao DVD, lançado pela gravadora Biscoito Fino, fui tomado por uma emoção enorme. Estava só em casa e a voz de Simone foi tomando todos os espaços e meu envolvimento com o que via na TV foi crecendo a cada canção, primeiro por ter sido gravado em Pernambuco, terra de meu pai, segundo pelas belas estrelinhas que numa transparência maravilhosa enfeitam o cenário, depois, naturalmente, pelas canções.

A emoção explodiu por meio de lagrimas que rolaram pelo rosto de maneira generosas ao longo de toda a interpretação da canção “Fullgás”... Poxa! quantas pessoas se pautaram pelos versos ..?!. “você me abre seus braços e a gente faz um país ... “ de Marina Lima e Antonio Cicero durante a decada de 80??
Uma saudosa alegria me invadiu, ouvi feliz a interpretação primorosa de Simone para uma canção de Jorge Benjor – “Ive Brussel” que adoro e com a alma repleta de alegria pensei:
- poxa estou mesmo velho, chorar assistindo a um DVD de Simone é coisa que só a sabedoria dos mais velhos pode trazer a nossas vidas.

O cuidado primoroso na apresentação do novo trabalho de Simone é comovente. Tamanho cuidado com capas e encartes só aconteceu durante sua estadia na EMI/ODEON quando as capas do LPs tinham luxuosas fotos de Vania Toledo e detalhes em relevo.

Para um país que costuma esquecer com facilidade seus idolos é comovente ver uma artista com quase quarenta anos de carreira ter um novo trabalho lançado com tamanho cuidado e carinho, e isso faz com que torne-se mesmo impossivel não se comover na companhia de Simone.




Paulo Gonçalo dos Santos
Historiador / Pesquisador de MPB
paulogoncalo@uol.com.br

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

AS CANTORAS NEGRAS DO BRASIL






BRASIL: UM PAÍS AFRO-DESCENDENTE E DE VOZ FEMININA Desde que a escrava negra ninou o senhorzinho com seu canto-lamento trazido das terras africanas, a formação de nosso povo tem a voz feminina como a mais pura tradução de seu cancioneiro popular. Inúmeras são as cantoras que por séculos acalantam e acariciam o povo brasileiro, desde que a negra escrava com seu canto - lamento nos ensinou a apreciar a sonoridade vinda da alma feminina que, ao longo dos séculos, foram decalcando em nossos inconscientes a paixão por elas.

Livro disponivel para compra on-line no Clube de Autores, link abaixo:


http://clubedeautores.com.br/book/3181--As_Cantoras_Negras_do_Brasil

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

LUIZA POSSI - A VIDA DA PRINCESA É MESMO AGORA!








Alguém esqueceu de me contar que a Música Popular Brasileira, tem uma princesa que canta como os passaros e encanta os olhos, feito enfentiçando-os como o rio quando corre levemente para o mar. E esta princesa é Luiza Possi em seu primeiro DVD.

O primeiro DVD de Luiza Possi é marcado por uma beleza singela e uma coragem que só as grandes cantoras tem. Quem não imaginava sua mãe a inigualavel Zizi Possi como convidada neste seu primeiro trabalho? Bem não vimos Zizi Possi, a não ser na citação do convidado Herbet Viana.

A dignidade da familia Possi perpetua-se na pricesinha que chegou para marcar e garantir seu espaço no céu estrelado de nossa música brasileira, nem mesmo o maior diretor de teatro brasileiro, Jose Possi Neto que é seu tio, apareceu como responsavel pelo espetaculo. Ela, por si só, brilha sem a presença de outras estrelas.

Nada contra Luiza Possi ter usado a aprticipação de sua mãe ou a direção de seu tio, mas convenhamos: nosso país já esta cansado destas atitudes corporativas que estão empregnadas em todos os meios da nação brasileira.

Como já escreveu o poeta, um dia deveriamos todos nos mirarmos nesta familia, para assim podermos apreciar com maior delicadeza cada detalhe do belissimo trabalho que Luiza Possi apresenta a um publico ávido pela boa música que nasce a cada dia em todos os cantos do Brasil.

Não bastasse a beleza e a voz delicada Luiza inclui neste seu primeiro trabalho em DVD classicos do cancioneiro mundial com “Miss Celie’s Blues”, “Calling You” e “ Somewhere Over the Rainbow” somente aí estabelecese uma ligação com a cantora que dificilmente iremos romper um dia. Luiza Possi é de fato uma nova estrela na MPB. E uma estrela de primeira grandeza!





Paulo Gonçalo dos Santos
Historiador / Pesquisador de MPB
paulogoncalo@uol.com.br

Andre L. M. Menezes
Revisão Afetiva

terça-feira, 7 de setembro de 2010

A MAIS LINDA NOITE PRETA !













Sempre pensei ser o “preto” a soma de todas as cores e não a ausência dela como insistem em nos dizer os livros, e a cantora Preta Gil só me faz acreditar totalmente nisto.Seu primeiro DVD chega a nossas casas trazendo um imenso prazer e uma supreendente alegria.

O mundo do show biz mundial tem em Byoncé o icone pop do momento, mas é sem sombra de dúvida Preta Gil a melhor tradução do pop nacional que, como o samba de outros tempos, trazia a alegria, a leveza e o gosto por dançar em seu trabalho, e é impossivel não querer “se jogar” ao assistir ao DVD “Noite Preta” – ao vivo.

O DVD é recheado de canções que não permitem que fiquemos parado, até mesmo na belissima canção “Drão” de seu pai Gilberto Gil, uma das mais belas canções contemporaneas do mundo, Preta derrete-se efusivamente duetando com o papai Gil e aos acordes do filhão Francisco, afinal quem pode dividir os vocais numa canção feita para a mãe com o proprio pai no cenário musical do mundo??? Só mesmo Preta Gil.

E falando em convidados especias, está lá a participação ultra especial da cantora Ana Carolina num dos momentos mais eletrizantes do show Noite Preta. As cantoras duetam na canção “Sinais de Fogo” criando clima para lá de contagiante, impossivel ouvi-las sem estar cantando aos gritos a letra da belissima canção.

Preta Gil é cantora em essencia, tem um vozeirão maravilhoso e sua alegria de viver a torna ao meu ver hoje, a maior DIVA pop de nosso Brasil, pefeitamente conectada ao universo musical baiano ela não tem aquela alegria às vezes um pouco forçada dos cantores e cantoras baianos de axé, sua alegria é espontaea... É uma alegria do Brasil.

E no meio de tanta alegria sobra tempo para Preta Gil homenagear a Rainha da MPB – Maria Bethânia cantando a canção “Cheiro de Amor” e o amigo Lulu Santos através de interpretações primorosas de duas de suas mais belas canções: “Tempos Modernos” e “Toda Forma de Amor”.

Pensam que acabou não ainda tem mega-sucessos no final deste espetaculo que deixa a alma mais leve e o corpo louco para foliar mais e mais, tem lá “Lourinha Bombril” e “Doce Mel”(Isso mesmo: de Xuxa). Bem este é o universo de Preta Gil, uma menina baiana filha do mais querido cantor e compositor brasileiro que já roubou nossos corações só para ela. Bem depois de ver o DVD – Preta Gil ao vivo, o que fazer??? Bem, ir apra o Twiter e twitar muito com todos que adoram uma noite linda e preta!




Paulo Gonçalo dos Santos
Historiador / Pesquisador de MPB
paulogoncalo@uol.com.br

Andre L. M. Menezes
Revisão Afetiva

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

ÁRIA : NOVO CD DE DJAVAN.










Parece mesmo que a gravadora Biscoito Fino conseguiu juntar em seu casting, absolutamente, tudo que existe de bom em nossa música, e por ser Djavan um destes, eis aí o primeiro trabalho dele chegando até nossos ouvidos.

A começar pela belíssima concepção gráfica, de extremo bom gosto, com requintes que só mesmo esta gravadora é capaz de nos presentear. O CD trás de volta o interprete Djavan que canta composições da fina flor de nossa música popular.

O CD tem uma harmonia que nos embebeda, permitindo que ouçamos todas as faixas., A voz de Djavan não perdeu nada com o passar dos anos, apenas ganhou ainda mais textura e sabor, é assim mastigando cada verso saborosamente que ele nos oferece cada interpretação.

O mais incrível foi que algumas vezes durante a audição dos quase 45 minutos de excelente música, me esqueci que tais canções não foram compostas por Djavan, e é incrível a assinatura vocal deste que é um dos grandes nomes da MPB, seu registro é simplesmente a melhor tradução para o verbo criado nos anos 80 por Caetano Veloso, “djavanear”.

Ops! Quase vou acabando estes escritos sem dizer que estão presentes nas 12 interpretações ninguém menos que: Cartola e sua “Disfarça e Chora”, Caetano Veloso e a maravilhosa canção “Oração ao Tempo”, Luiz Gonzaga e Zé Dantas na instrumental “Treze de Dezembro”, e ainda temos Edu Lobo, Beto Guedes, Silas de Oliveira e Mano Décio, entre outros. Mas a última canção trás Gilberto Gil e a canção “Palco” que, “ops”, pensei ao escutá-la que tivesse sido feita por Djavan... hehehe.....

Um CD que nasce clássico! Que venha um show tão lindo e bem cuidado quanto este CD e esperamos que venha um super DVD logo!


Paulo Gonçalo dos Santos
Historiador / Pesquisador de MPB
paulogoncalo@uol.com.br

Andre L. M. Menezes
Revisão Afetiva

sábado, 28 de agosto de 2010

SIMONE CD E DVD - "EM BOA COMPANHIA"





Tá chegando o novo trabalho da cantora Simone - "Em boa companhia" certamente será mais um grande trabalho da CIGARRA !




1. Tô que Tô (Kleiton Ramil e Kledir Ramil)
2. Love (Paulo Padilha)
3. Certas Noites (Dé Palmeira e Adriana Calcanhotto)
4. Face a Face (Sueli Costa e Cacaso)
5. Lá Vem a Baiana (Dorival Caymmi)
6. Bem pra Você (Dé Palmeira e Marina Lima)
7. Fullgás (Marina Lima e Antonio Cícero)
8. Hóstia (Erasmo Carlos e Marcos Valle)
9. Ive Brussel (Jorge Ben Jor)
10. Definição da Moça (Adriana Calcanhotto e Ferreira Gullar)
11. Geraldinos e Arquibaldos (Gonzaguinha)
12. Certas Coisas (Lulu Santos e Nelson Motta)
13. Ame (Paulinho da Viola e Elton Medeiros)
14. Vale a Pena Tentar (Simone e Hermínio Bello de Carvalho)
15. Deixa Eu te Amar (Agepê, Ismael Camillo e Mauro Silva)
16. Paixão (Kledir Ramil)
17. Migalhas (Erasmo Carlos)
18. Pagando pra Ver (Abel Silva e Nonato Luís)
19. Perigosa (Rita Lee, Roberto de Carvalho e Nelson Motta)
20. Ai, Ai, Ai... (Ivan Lins e Vítor Martins)
21. Na Minha Veia (Martinho da Vila e Zé Katimba)
22. Chuva, Suor e Cerveja (Caetano Veloso)
23. Nada por mim (Herbert Vianna e Paula Toller)
24. Ex-Amor (Martinho da Vila)