sexta-feira, 16 de outubro de 2009

O “TEMPO’ DE DIOGO POÇAS.


Cantor, compositor e produtor, Diogo é filho do grande maestro Edgard Poças, que também é pai da cantora Céu, Artista Revelação de 2007 (lançada pela Warner Music). Tendo um maestro como pai, Diogo cantava suas primeiras notas antes mesmo de aprender a ler e escrever. Suas influências são a música brasileira e latina. Diogo começou sua carreira na publicidade, produzindo e gravando jingles comerciais.Ele toca piano, estudou regência e canto lírico. Seu primeiro álbum é completamente autoral e apresenta 8 músicas novas e 4 regravações. Diogo traz nova vida à MPB e já garantiu seu espaço nas rádios brasileiras.
O disco “Tempo” é mais que autoral, é um reflexo da alma de Diogo Poças. Nele, estão presentes todas as suas paixões e crises. Sizão Machado, Zeca Assumpção, Sérgio Machado e Thiago Alves no baixo. Cuca Teixeira e Tuto Ferraz na bateria. Bruno Cardozo nos pianos e sintys. Luiz Cabrera e Wilson Teixeira nos sopros. Quarteto de cordas, sopros, participação da Céu... O temor de perder sua própria identidade por estar a tanto tempo em estúdio produzindo músicas para outros interpretes e finalidades das mais diversas, passou rápido quando o cd começou a tomar corpo.
O disco que acaba de chegar às lojas traz mais um cantor de MPB que privilegia a música, sua forma e relevância. Diogo Poças traz para os nossos ouvidos, um antigo frescor, digno de grandes mestres, ou melhor, maestros. È a música brasileira em seu estado de graça, preservada, integra e sensível.
Faixa a faixa, por Diogo Poças
Pedacinho de Vida e Nada que te diz Respeito (Diogo Poças e Jessé Santo): Quando Jessé está no estúdio, traz consigo uma abundância criativa notável. É fácil compor com alguém como ele. A idéia de “Pedacinho de vida” é dele e tem tudo a ver com o tema do disco. Destaque para o arranjo multi climático de Pepe, o incrível Sizão Machado, Luiz Cabrera, Céu fazendo os vocais e os pads do Brunão Cardozo.
Já “nada que te diz respeito” surgiu de uma conversa com ele onde falávamos de como eu estava obsessivo com a idéia das coisas que a gente vai deixando e guardando de relacionamentos passados. Comecei a cantar e o Jessé respondeu “O que que eu vou fazer?". Pronto, estava tudo resolvido. A Céu está cantando com aquele timbre único. Céu, obrigado. Te amo.
Carioquinha (Diogo e Edgard Poças):
Uma música especial, com letra do meu pai e música minha. Quando ele recebeu a letra a música saiu sozinha. Foi sensacional a emoção de Tuto Ferraz (baterista) quando gravou o samba. Por tratar-se de uma parceria pai e filho, é uma música que vou amar sempre.
Chumbo Quente (Diogo Poças)
A letra faz um paralelo entre uma partida de futebol e uma mulher que está jogando duro. O gol é literalmente o grande momento da vida do homem! Legal esta percussão gravada somente pelo Laércio da Costa.A Linha e o Linho (Gilberto Gil):
Eu amo Gil. Para mim é um gênio. "A Linha e o Linho" é uma das minhas canções preferidas, junto com "Flora". No disco, ela ficou bem dançante e diferente. Foi uma ótima experiência ter gravado com o Serginho Carvalho.
Saudades do Brasil em Portugal (Vinicius e Homem Santo)
Esse é um lindo fado que conta a saudade da terra natal de um brasileiro em Portugal. Meu pai muitas vezes cantou essa música para mim. A faixa é um carinho que eu queria fazer no meu passado. Felicidade (Braguinha)
Esta foi gravada em um take único, com piano e voz, sem emendas. A música é uma lição de vida pra mim, que sou louco por Braguinha. Cantei pensando nos meus pais.
Maria Joana (Sidnei Miller)
Adorava a gravação da Gal em "Domingo" desde criança; a da Nara também é demais. Ficou maravilhoso o arranjo, meio fairy tale. Demais também foi o Zeca Assumpção ter gravado. Um fera.
Moonlight Seranade
Essa foi um desafio. A idéia era fazer um clássico em bossa nova. A gravação do Sinatra é uma aula de projeção, clareza e bom gosto. Tentei fazer o Pepe fugir do arranjo tradicional e dar um tom de Bossa e adorei o resultado. Destaque para Wilsinho Teixeira, que arrebentou no tenor.
Etéreo (Diogo Poças)
Adoro quando, ao final do "B", a música não vai para o refrão e entra num espaço "Cuba". Eu sempre disse pro Pepe não esconder suas raízes. Se vier uma idéia mais Latina, que venha.
A Vizinha de frente (Diogo e André Caccia Bava)
É a música que considero a mais redonda do disco. André é como se fosse um fiel escudeiro. Conta a historia do dia em que vi a minha mulher Melina pela primeira vez, "descabelada pegando o jornal". Terminamos a música dando risada e nos divertindo. Ganhei uma esposa por causa da música! Quer royalty melhor?
Astronauta (Baden e Vinicius):
Um dia, na casa de Ricardo Bérgamo, durante um sarau de Sambas, perguntei a todos os presentes: “se você fosse um cantor e quisesse gravar um samba-bossa, qual seria a música?” A resposta foi “Astronauta” e "Laura", do Braguinha e Alcir Pires Vermelho. Gravei "Astronauta" e "Laura" canto ao vivo. Bossa Nova do fundo do coração. Esta é uma celebração de beleza e de um mundo que vai dar certo.
Tempo (Diogo Poças)
Esta para mim é a mais poética das composições. É mais cinematográfica que musical, sofri para fazer! Meu pai, quando ouviu pela primeira, vez disse: “meu deus! O que eu te fiz?”, em tom de brincadeira. Às vezes, quando a escuto, sinto a mesma coisa: “o que passava na minha cabeça?”. Compus a música quando tinha 22 anos.
Resumindo: este é um disco de música brasileira, de canções.Eu amo cantar e me orgulho dessa profissão.Meu nome é Diogo Poças e esse é o meu disco "Tempo"



Fonte: Gravadora Warner

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