domingo, 22 de novembro de 2009

VIVA JÔ SOARES E SEU HUMOR ENGAJADO.


Tenho assistido repetidas vezes a bela caixinha lançada pela Globo Marcas com episódios do programa “Viva o Gordo”, humorístico transmitido as segundas feiras pela Rede Globo de Televisão, que tinha Jô Soares como seu protagonista vivendo vários personagens que deixaram saudades.

O cuidado com a embalagem é visível do “Viva o Gordo” é o bom gosto extremado, assim como parece ser Jô Soares que há anos trocou os humorísticos da TV por um dos mais respeitados programa de entrevistas que nossa TV já teve noticia. Certamente, existe hoje toda uma geração que não conhece Jô Soares como humorista, mas como entrevistador competente e brincalhão. A caixinha de lata onde estão acomodados dois DVDs é muito charmosa.

Logo após alguns minutos assistindo ao primeiro DVD tive a impressão de que estava diante de um material extremamente datado. Logo percebi que a grande importância da chegada deste material ao público é o fato de estar mesmo datado. Afinal, num pais sem memórias é mesmo necessário re-lembrar re- memorar sempre todos os fatos que marcaram nossa gente.

Podemos rever personagens como “O Reizinho”, “Capitão Gay”, “Bo Francineide”, e tantos outros. Através dos esquetes do programa podemos ir percebendo os momentos políticos que o pais atravessava, ou melhor, nada passava despercebido pela equipe de roteiristas. Toda a fase de transição da época da ditadura militar para o período democrático que vivemos até hoje, está ali retratada, é incrível como algumas situações até hoje não mudaram.

O programa ficou no ar por quase 10 anos (1981 – 1987), e podemos ver a abertura e o encerramento de cada um dos anos, grande sacada da Globo Marcas.

E alguns dos atores que hoje enchem a telinha em novelas, filmes, estão lá em inicio de carreira, como Claudia Raia, Claudia Gimenez, Angela Vieira, Louise Cardoso, Pedro Paulo Rangel, entre outros tantos. Sem dizer no prazer indescritível de rever, Walter D’ávila, Francisco Milani, Célia Biar... Grandes artistas que a meninada de hoje se quer chegou a conhecer. Só por essas lembranças já vale dizer “VIVA O GORDO”!



Paulo Gonçalo dos Santos
Historiador / Pesquisador de MPB
paulogoncalo@uol.com.br
Revisão Afetiva: André Menezes

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